segunda-feira, 5 de maio de 2014

concurso1dbr

A banda P9 é responsável pelos shows de abertura da Where We Are no Brasil, turnê do One Direction que passará pelo nosso país este mês. O One Direction Brasil, em parceria com o P9 Brasil, está realizando o concurso cultural P9BR + 1DBR,  que premiará seus ganhadores com ingressos para os shows da Where We Are e CDs do One Direction e P9.
Participe do concurso cultural seguindo os passos:

1 - SIGA NO TWITTER: @1DCOMBR @P9BRASIL.
2 - CURTA NO FACEBOOK: ONE DIRECTION BRASIL E P9 BRASIL.

Você tem duas alternativas para participar do concurso cultural, ambas são válidas, porém só será permitido cada pessoa ganhar uma vez!
Compartilhe a postagem do One Direction Brasil no Facebook e resposta a frase ”Porque você merece ganhar o concurso cultural P9BR + 1DBR?” nos comentários.
One Direction Brasil
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 · 1 de maio às 17:10 · Editado · 
A banda P9 é responsável pelos shows de abertura da Where We Are no Brasil, turnê do One Direction que passará pelo nosso país este mês. O One Direction Brasil, em parceria com o P9 Brasil, está realizando o concurso cultural P9BR + 1DBR, que premiará seus ganhadores com ingressos para os shows da Where We Are e CDs do One Direction e P9.
Participe compartilhando esta postagem em seu Facebook e respondendo a pergunta: Porque você merece ganhar o concurso cultural P9BR + 1DBR?
Siga os outros passos e saiba mais informações do concurso cultural:
http://onedirection.com.br/promop9br1dbr
  - Apenas participe do concurso cultural se você morar em São Paulo ou tiver condições de ir ao local do show caso seja o ganhador. Iremos dar detalhes da entrega do ingresso diretamente ao ganhador.
- Além da criatividade, erros de gramática e pontuação também farão diferença na escolha das frases.
- Preencha seus dados corretamente ao enviar sua frase, pois é assim que vamos identificar e entrar em contato com o ganhador.
- Não deixe de seguir nenhum dos passos que pedimos neste concurso cultural.
- Os ingressos são de setor B para o show de São Paulo no dia 11 de maio
O resultado do concurso cultural será divulgado 7 de maio em nossas redes sociais. Boa sorte!

Infelizmente eu não faço parte do 1D Brasil nem da equipe P9 e por motivos de morar no fim do mundo [ibirite do um pirulito pra que souber onde é, mais vai ter que vir buscar] mais pra quem mora em São Paulo ou tem condições de ir pra la: Boa Sorte.



quinta-feira, 24 de abril de 2014

One Direction no Brasil [apenas para alguns]

Acabei de descobrir que sou uma pessoa egoista, acabei de descobrir que sou uma pessoa sencivel, que não sou tão forte como pensei, que foi imposta uma idade para amar, que eu não estou na idade nem no pais ou na classe social que pode amar, nem eu, nem nenhuma pessoa que não tem um cite de sucesso, ou seja rica, que não mora em uma capital turistica ou em um pais que é considerado politicamente correto cheio de mini-talentos e pessoas que falam inglês.

Não estou culpando essas pessoas, não estou culpando ninguém eu so... não acho justo nem todo mundo mora em São Paulo e no Rio, não é todo mundo que tem 300 ou 500 reais para gastar em um ingresso, e muitas pessoas tem que gastar mais por que dependem de outras pessoas para irem com elas. 


É estranho... eu não quero roubar, eu não quero um carro de milhões de reais, eu não quero um show particular com direito a autografos e convidados, eu só quero ver 5 pessoas, não preciso ir no show ja é uma coisa que eu asseitei: não vai acontecer. 
Eu amo esses meninos sem nem conhecer eles afinal eu sou fã eu sei de onde eles são, por que ficaram famosos, onde e quando isso aconteceu, eu e outras milhares de meninas brasileiras ou não, subimos tags ate ficarem em primeiro lugar, compramos cds, revistas , posteres, assistimos o filme, compramos os livros e ate figurinhas... e pra que... por que somos directioners, nos os amamos incondicionalmente independente de qualquer escolha que eles fizerem, tem algumas mais antigas desde 2010 e algumas que começaram agora, mais isso não torna menor ou maior o amor de todas as fãs. Eu por exemplo, comecei a ser fã depois que ouvi WMYB eu lembro exatamente como aconteceu [eu sei e bizarro]...
 Eu tava vendo uns episodios de uma serie no You Tube, em todos os episodios que eu abria tinha um mesmo clipe sugerido pela aba cheia de opções do lado do vidio, então eu cliquei e me apaixonei ate hoje é minha musica favorita deles [depois vem strong e little things] naquela epoca eu tinha um probleminha de auto estima, nem minha mãe sabia, essa musica foi, e, muito importante pra mim e eu acho que ter 12 anos não torna meu amor menor eu odeio quando alguém me fala "da qui a pouco passa" eu acho que não. Eu me indentifico tanto com as musicas, e os meninos, eu ainda lembro do Niall sem aparelho, do antigo cabelo do Liam, de quando o Hazz não tinha tatuagens, do inicio do namoro do Zayn, de quando o Loueh usava suspensorios, das polemicas também, o Louis ficou furioso com Larry, de quando o Liam falou que sofria bullying, como o Niall não lidava tão bem com o assedio das fãs, quando as pessoas diziam que o Harry fraria um filme do Mick Jagger e estrearia em carreira solo [deus me livre].Por esses e outros motivos que eu me considero uma directioner, e por esses e outros motivos que eu fico tão mal por não poder ate um tempo atras eu estava fingindo asseitar e ficar feliz por quem vai mas... Não da mais... 

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Você conhece seu personagem????

Nome do personagem:
Cidade:
Idade:
1) O que você sabe desse personagem que ele ainda não sabe?
2) Qual é o maior defeito desse personagem?
3) O que você sabe desse personagem que ele nunca admite?
4) Que tipo de música esse personagem gosta?
5) No que o seu personagem acredita?
6) Filme favorito?
7) Desejo secreto?
8) Tipo de roupa?
9) Do que ele tem orgulho?
10) O que o fez passar vergonha?
11) Ele tem esperança em algo?
12) Ele tem algum vício?
13) Pai? Mãe? Como são os relacionamentos?
14) Como se relaciona com os irmãos?
15) Como é o quarto desse personagem?
16) O que o deixa com raiva?
17) O que o deixa calmo?
18) Um pesadelo desse personagem?
19) Alguém depende desse personagem? Por quê?
20) Esse personagem tem um melhor amigo? Quem? Por quê?
21) Um atributo psicológico desse personagem?
22) Ele esconde algo?
23) Um momento que ele se sentiu devastado.

[Não é um questionário originalmente meu]

sábado, 5 de abril de 2014

                        

Primeiramente, avalie seu estilo de escrita. Você ama escrever? Então, o problema que você poderá encontrar será o de ignorar seus amigos. Se você ama escrever, mas não consegue manter uma agenda ou horário regular para isso, tente preparar um esquema quanto a isso. Lembre-se, não gaste todo o seu tempo escrevendo. Você possui uma vida, portanto viva-a. No entanto, se você deseja ter a escrita como seu trabalho principal na vida, dedique ao menos 8 horas diárias fazendo isto, assim como um emprego de verdade. Tenha um espaço separado para onde ir, assim como você iria para um trabalho.

Após ter uma ou duas boas ideias, sente-se e comece a escrever tópicos em uma folha de papel. Normalmente, estas ideias giram em torno de um grande evento, como uma guerra ou a morte de alguém. Faça perguntas simples a si mesmo, tais como, "porque?" "quem fez aquilo?" "quando?" "como?" e passe em seguida para perguntas mais detalhistas, como "Como isto mudou o mundo?" "Como isto afetou as pessoas ao redor?", etc. No final, isto irá formar a trama principal, onde você focará nos eventos de sua história, seguidos de outros eventos secundários, que formarão o corpo do livro.

Comece a criação do(s) protagonista(s). Bom, agora você possui alguns eventos principais, que farão o corpo de sua história. Agora é a hora de seguir com a criação de seu(s) protagonista(s). É uma mulher ou um homem? Qual o seu papel na história? Defina os principais traços de sua personalidade, evitando ser muito detalhista. Escreva tudo em uma folha de papel. Você deseja criar um personagem muito realista? Sim, é o que você quer. Mas guarde isto para depois.

Decida onde suas criações viverão. Humanos vivem na Terra, mas onde vivem os seus personagens? Por hora, decida isto. Será a nossa Terra, porém em um universo paralelo? É um mundo completamente novo que você deseja criar por completo? Decida isto e, assim como no passo anterior, não entre muito em detalhes. Escreva as regras básicas que regem o mesmo, as raças de pessoas que ali vivem, etc.

Agora, escreva tudo isso. Seu personagem principal, os eventos principais, o tipo de mundo no qual sua história se passa e os seus objetivos com a história. De agora em diante, tudo o que você fizer terá sua trama principal como base.

Verifique sua trama. Agora você precisará fazer algumas alterações.
Atenta ao seu evento principal. Esmiuce-o, modele-o, faça-o parecer credível.
Comece a reunir os demais personagens. Eles irão ajudar o seu protagonista em sua missão ou jornada. Nem todo herói precisa ser um lobo solitário. Seu personagem pode ter um coração frio, mas isto não significa que ele/ela não tenha família ou amigos. Não deixa sua história girar apenas em torno de seu personagem principal. Apresente os sentimentos de pessoas que cercam o seu protagonista, bem como a forma com a qual as decisões destes o afetam. Não crie uma história de um único personagem, mas sim a história da jornada de uma pessoa.
Junte eventos secundários à trama principal. Estes poderão ser eventos pessoais, tais como o nascimento de uma criança, um casamento, a morte de alguém querido, etc. De uma forma ou de outra, eles acabarão incrementando seu enredo, acrescentando sentimentos e senso de humanidade.
Faça com que os seus personagens cresçam, se desenvolvam e evoluam. Uma longa viagem pelo mundo, uma experiência de quase-morte ou mesmo apaixonar-se por alguém são fatores que fazem com que qualquer pessoa cresça ou evolua um pouco. Certamente, você não quer que o seu personagem seja um idiota ou estúpido. Após estes eventos secundários, faça mudanças (sutis ou drásticas) na personalidade de seu protagonista.
Crie obstáculos na vida de seu personagem. Nem tudo será fácil para ele/ela. Certifique-se de estar criando uma história de fantasia, não uma narração de uma caminhada pelo jardim. Lembre-se de nomear seus personagens.

Agora, pegue um pedaço de papel e um lápis. É hora de criar o seu mundo de fantasia. Se você estiver escrevendo sobre um mundo que, de fato, é a Terra, imprima um mapa completo e, com um lápis (ou uma caneta preta/vermelha), comece a fazer as alterações para o nosso incrível planeta. Se você for fazer isso, faça muitas pesquisas sobre a história de nosso planeta para saber se você poderá adaptar a história da Terra à trama de seu livro. Se você planeja criar um mundo completamente novo, comece desenhando linhas simples. Você pode fazer os oceanos, lagos, montanhas ou outros fatores estranhos de seu mundo. Desenhe as linhas das terras dos reinos ou impérios. Ponha post-its ou outras notificações em seu mapa para localizar alguns eventos. Lembre-se: o seu mapa não precisa ser bem feito. Sinta-se livre para utilizar quaisquer materiais que deseje e divirta-se.   

Planeje uma cronologia para a sua história. Isto poderá ter eventos que acontecem em seu livro ou mesmo outras histórias que poderão, de alguma forma, explicar as que se encontram em sua trama. Não pense que é perda de tempo construir um mundo que, em sua maior parte, não aparecerá no livro. É importante para o leitor saber que o escritor sabe sobre o que está falando e que não está simplesmente colocando coisas aleatórias nas páginas do livro. Faça com que seus personagens contem uma lenda ou mencionem algum evento que você tenha elaborado cuidadosamente. Como o escritor, você precisa saber de algo que os leitores não sabem. Apenas certifique-se de saber sobre o que está falando.

Comece a planejar tudo sobre o seu personagem. Esta é a hora de você pensar de forma aprofundada no coração de seu personagem principal. Ele/ela possui algum medo (morte, escuridão)? Onde/quando ele/ela nasceu? Sob quais circunstâncias? Ele/ela gosta de roer suas unhas? Gosta de tocar algum instrumento musical, talvez? Sinta-se livre, esta é a sua história.

Após finalizar a cronologia de seu mundo, comece a escrever sobre o seu mundo em si. Qual o tipo de roupas que as pessoas utilizam? Elas são supersticiosas? Elas estão satisfeitas com o seu rei/imperador? Existe algum tipo de centro de treinamento ou academia onde seus soldados ou magos são treinados? Quais as regras de seu reino? É proibido matar ou utilizar magia? Eles possuem regras específicas em uma família? As mulheres também podem combater em guerras, ou é algo apenas para os homens? Existem criaturas que você criou rongando pelas planícies de seu mundo? As pessoas acreditam em deuses? E quem são seus deuses? É hora de planejar tudo isto. Este será, provavelmente, o maior passo em sua história. A base estará aqui. Tudo o que você criar deverá estar aqui. Não se preocupe se você estiver consumindo muito tempo escrevendo tudo isto. Uma boa história precisa possuir uma base sólida.


Após o último passo, você provavelmente saberá o que acontecerá em sua história. Pegue outro pedaço de papel. Comece a criar os capítulos de sua história. Defina qual tipo de escritor você será. Qual será o comprimento de seus capítulos e livro(s)? Você escreverá em terceira ou primeira pessoa? Você irá descrever seus personagens e ambientes para tornar a história mais pessoal para o leitor, ou não se importa com isto e apenas deseja criar uma lenda épica? Escreva as interações dos personagens. Faça uma cópia de seu mapa do mundo e desenhe as linhas da jornada de seus personagens. Faça uma breve referência a cada local, de forma que você poderá descrevê-las mais abertamente. Não tenha medo de criar e planejar.


Permita que outras pessoas leiam sua história. Imprima sua versão final do produto e distribua várias cópias para pessoas que possam gostar de ler sua história. Poderão ser apenas alguns amigos próximos, mas, uma vez que você comece a receber críticas positivas e você comece a ter mais confiança, você pode querer considerar a possibilidade de publicá-lo. Aceite todas as críticas, visto que elas lhe tornarão um escritor melhor no futuro. Corrija qualquer coisa que o seu editor sugerir. Acredite que seu livro poderá ser publicado caso você ponha sua mente nisso, mas tente não criar fortes esperanças quanto à publicação do mesmo, visto que você poderá ter uma depressão caso as coisas não ocorram de acordo com o planejado. Se o seu trabalho for rejeitado por um editor, edite a história ou envie-a para outra editora.
                                                                         Dicas
  • Tenha sempre um caderno ou notebook com você. Na maioria das vezes, as ideias épicas para a sua história não são as mais convincentes. Foque em coisas simples ao seu redor. Por exemplo, a ideia de Stardurst, uma história de Neil Gaiman, cuja história lhe surgiu quando este viu um campo enquanto caminhava e cruzou com um muro que possua um buraco. Pequenas coisas que ninguém mais nota são um grande passo para se escrever histórias originais.
  • Seja paciente. Escrever requer muito tempo, e muita paciência. Tolkien levou mais de 15 anos até publicar o Senhor dos Anéis, e criou a Terra Média ao longo de sua vida. Você não precisará de 30 anos para escrever sua história, mas você também não a finalizará em uma semana. Se o fizer, isto é um mau sinal.
  • Defina metas. Planeje quantas palavras ou páginas você deseja escrever a cada dia. Possuindo uma meta, será mais fácil seguir escrevendo seu livro. Não se preocupe se o esforço ao final lhe pareceu algo ruim, afinal toda joia precisa ser polida ou lapidada.
  • Seja criativo. Elfos, anões, goblins e orcs não estão na moda? Tolkien era um escritor, não um deus. Você gosta das raças que ele criou? Porque não cria suas próprias raças?
  • Esteja ciente das mudanças em seu enredo. Às vezes, quando estamos planejando uma história (fantasia ou não), algumas ideias surgem apenas quando se está escrevendo. Se estas aparecerem enquanto você estiver escrevendo o livro, avalie-as. Veja se elas podem ser encaixadas ao seu enredo e se não bagunçarão todo o seu trabalho. Se elas não puderem ser encaixadas, escreva-as em um caderno e guarde-as para posteriormente. Este não será seu último livro.
  • Siga devagar. Não acelere os eventos ou a linha do tempo. Você acabará revelando tudo muito cedo para o leitor, e com muitas coisas acontecendo, você criará uma história cansativa. Dê um certo espaço entre os eventos. Não esqueça que você poderá criar uma continuação.
  • Não revele tudo. O leitor irá querer ter algo para ler. Planeje algum grande segredo no começo do livro que apenas será revelado no final do mesmo (um artefato desaparecido, uma estranha morte, etc.). Faça com que as expectativas sejam grandes como forma de entusiasmar o leitor.
  • Não faça com que seus personagens sejam estereótipos. Crie personagens credíveis, com personalidades, histórias pessoais e objetivos. O coração de toda boa história está em seus personagens.
  • Deixe que as coisas se encaixem em seus devidos locais - não tente controlar todo o universo de sua história.             [Esse texto não é meu [e eu esqueci o nome do site que eu copie???![ n me julguem]] 





terça-feira, 25 de março de 2014

Os contos Beedle o Bardo

O CONTO DOS TRÊS IRMÃOS


Era uma vez três irmãos que estavam viajando por uma estrada deserta e tortuosa ao anoitecer.
Depois de algum tempo, os irmãos chegaram a um rio fundo demais para vadear e perigoso demais para atravessar a nado. Os irmãos, porém, eram versados em magia, então simplesmente agitaram as mãos e fizeram aparecer uma ponte sobre as águas traiçoeiras. Já estavam na metade da travessia quando viram o caminho bloqueado por um vulto encapuzado.
E a morte falou. Estava zangada por terem lhe roubado três vítimas, porque o normal era os viajantes se afogarem no rio. Mas a morte foi astuta. Fingiu cumprimentar os três irmãos por sua magia, e disse que cada um ganharia um prêmio por ter sido inteligente o bastante para lhe escapar.
Então, o irmão mais velho, que era um homem combativo, pediu a varinha mais poderosa que existisse: uma varinha que sempre vencesse os duelos para seu dono, uma varinha digna de um bruxo que derrotara a Morte! Ela atravessou a ponte e se dirigiu a um vetusto sabugueiro na margem do rio, fabricou uma varinha de um galho da árvore e entregou-a ao irmão mais velho.
Então, o segundo irmão, que era um homem arrogante, resolveu humilhar ainda mais a Morte e pediu o poder de restituir a vida aos que ela levara. Então a Morte apanhou uma pedra da margem do rio e entregou-a ao segundo irmão, dizendo-lhe que a pedra tinha o poder de ressuscitar os mortos.
Então, a Morte perguntou ao terceiro e mais moço dos irmãos o que queria. O mais moço era o mais humilde e também o mais sábio dos irmãos, e não confiou na Morte. Pediu, então, algo que lhe permitisse sair daquele lugar sem ser seguido por ela. E a Morte, de má vontade, lhe entregou a própria Capa da Invisibilidade.
Então, a Morte se afastou para um lado e deixou os três irmãos continuarem a viagem e foi o que eles fizeram, comentando, assombrados, a aventura que tinham vivido e admirando os presentes da Morte.
No devido tempo, os irmãos se separaram, cada um tomou um destino diferente.
O primeiro irmão viajou uma semana ou mais e, ao chegar a uma aldeia distante, procurou um colega bruxo com quem tivera uma briga. Armado com a varinha de sabugueiro, a Varinha das Varinhas, ele não poderia deixar de vencer o duelo que se seguiu. Deixando o inimigo morto no chão, o irmão mais velho dirigiu-se a uma estalagem, onde se gabou, em altas vozes, da poderosa varinha que arrebatara da própria Morte, e de que a arma o tornava invencível.
Na mesma noite, outro bruxo aproximou-se sorrateiramente do irmão mais velho enquanto dormia em sua cama, embriagado pelo vinho. O ladrão levou a varinha e, para se garantir, cortou a garganta do irmão mais velho.
Assim, a Morte levou o primeiro irmão.
Entrementes, o segundo irmão viajou para a própria casa, onde vivia sozinho. Ali, tomou a pedra que tinha o poder de ressuscitar os mortos e virou-a três vezes na mão. Para sua surpresa e alegria, a figura de uma moça que tivera esperança de desposar antes de sua morte precoce surgiu instantaneamente diante dele.
Contudo, ela estava triste e fria, como que separada dele por um véu. Embora tivesse retornado ao mundo dos mortais, seu lugar não era ali, e ela sofria. Diante disso, o segundo irmão, enlouquecido pelo desesperado desejo, matou-se para poder verdadeiramente se unir a ela.
Então, a Morte levou o segundo irmão.
Embora a Morte procurasse o terceiro irmão durante muitos anos, jamais conseguiu encontrá-lo. Somente quando atingiu uma idade avançada foi que o irmão mais moço despiu a Capa da Invisibilidade e deu-a de presente ao filho. Acolheu, então, a Morte como uma velha amiga e acompanhou-a de bom grado, e, iguais, partiram desta vida.

sábado, 22 de março de 2014

Os contos Beedle o Bardo


O CORAÇÃO PELUDO DO MAGO


Era uma vez um jovem mago rico, bonito e talentoso, que observou que seus amigos agiam como tolos quando se apaixonavam, se enfeitando, andando aos saltos e corridinhas, perdendo o apetite e a dignidade. O jovem mago resolveu jamais se deixar dominar por tal fraqueza, e recorreu às artes das trevas para garantir sua imunidade.
Sem saber do seu segredo, a família do mago achava graça de vê-lo tão distante e frio. "Tudo mudará", os vaticinavam, "quando uma donzela atrair seu interesse!"
O jovem mago, porém, permanecia impassível. Embora muita donzela se sentisse intrigada por seu ar altivo e recorresse às artes mais sutis para agradá-lo, nenhuma conseguia tocar seu coração. Ele se vangloriava de sua indiferença e da sagacidade que a produzira.
O frescor da juventude foi dissipando-se e os jovens de mesma idade e posição que o mago começaram a casar e a ter filhos. "O coração deles deve ser apenas uma casca", desdenhava ele mentalmente, observando o ridículo comportamento dos jovens pais ao seu redor, "ressecada pelas exigências desses pirralhos chorões!"
E mais uma vez ele se felicitou pela sabedoria da opção que fizera no primeiro momento. No devido tempo, os pais do mago, já idosos, faleceram. O filho não lamentou a morte deles; ao contrário, considerou-se abençoado por terem desaparecido. Agora ele reinava sozinho em seu castelo.
Depois de transferir o seu maior tesouro para a masmorra mais profunda, ele se entregou a uma vida desregrada e farta, na qual o seu conforto era o único objetivo dos inúmeros criados.
O mago estava convencido de que devia ser alvo da imensa inveja de todos que contemplavam sua solidão esplêndida e despreocupada.
Feroz, portanto, foi sua raiva e desgosto, quando um dia ouviu dois dos lacaios discutindo a sua pessoa.
O primeiro criado manifestou pena do mago que, com tanto poder e riqueza, continuava sem alguém que o amasse.
Seu colega, entretanto, desdenhou, perguntando por que um homem com tanto ouro e dono de tão esplêndido castelo não fora capaz de atrair uma esposa.
Tal conversa desferiu um terrível golpe no orgulho do mago que os ouvia.
Ele decidiu imediatamente escolher uma esposa, e uma que fosse superior a todas as existentes. Possuiria uma beleza assombrosa e provocaria inveja e desejo em todo homem que a contemplasse; descenderia de uma linhagem mágica para que seus filhos herdassem excepcionais dons de magia; e seria dona de uma fortuna no mínimo igual à dele, para garantir sua confortável existência, apesar do acréscimo de pessoas e despesas.
Encontrar tal mulher talvez levasse cinquenta anos, mas aconteceu que, no dia seguinte à sua decisão, chegou à vizinhança, em visita a parentes, uma donzela que correspondia a todos os seus desejos.
Era uma bruxa de prodigioso talento e dona de grande riqueza. Sua beleza era tanta que mexia com o coração de todos os homens que a contemplavam, isto é, todos, exceto um. O coração do mago não sentiu absolutamente nada. Contudo, a moça era o prêmio que ele buscava, e, assim sendo, começou a cortejá-la.
Todos que notaram a mudança no comportamento do mago ficaram surpresos e disseram à donzela que ela tivera êxito, onde uma centena de outras havia fracassado.
A jovem, por sua vez, sentiu ao mesmo tempo fascínio e repulsa pelas atenções do mago. Ela pressentiu a frieza que havia sob o calor de suas lisonjas, pois jamais conhecera um homem tão estranho e distante. Seus parentes, contudo, consideraram essa união extremamente desejável e muito interessada em promovê-la, aceitaram o convite do mago para um grande banquete em homenagem à donzela.
A mesa, carregada com peças de ouro e prata, continha os mais finos vinhos e as comidas mais suntuosas. Menestréis dedilhavam alaúdes de cordas sedosas e cantavam um amor que o seu senhor jamais sentira. A donzela sentou-se em um trono ao lado do mago, que lhe falava suavemente, empregando palavras de carinho que roubara dos poetas, sem a mínima idéia do seu real significado.
A donzela ouvia intrigada, e por fim respondeu:
- Você fala bonito, mago, e eu ficaria encantada com suas atenções, se ao menos acreditasse que você tem coração!
O mago sorriu e lhe respondeu que, quanto a isso, ela não precisava temer. Pediu-lhe que o acompanhasse e, conduzindo-a para fora do salão, desceu à masmorra trancada à chave onde guardava o seu maior tesouro.
Ali, em uma caixa de cristal encantada, encontrava-se o coração pulsante do mago.
Há muito tempo desligado dos olhos, ouvidos e dedos, o coração jamais se deixara cativar pela beleza, ou por uma voz musical, ou pelo tato de uma pele sedosa. A donzela ficou aterrorizada ao vê-lo, pois o coração encolhera e se cobrira de longos pêlos negros.
— Ah, o que você fez! — lamentou ela. — Reponha o coração no lugar a que pertence, eu lhe imploro!
Ao perceber que isto era necessário para agradá-la, o mago apanhou a varinha, destrancou a caixa de cristal, abriu o próprio peito e repôs o coração peludo na cavidade vazia que outrora ocupara.
- Agora você está curado e conhecerá o verdadeiro amor! — exclamou a donzela e abraçou-o.
O toque dos macios braços alvos da donzela, o som de sua respiração no ouvido dele, o aroma dos seus cabelos dourados; tudo isto penetrou como uma lança o seu coração recém- despertado. Mas o órgão se corrompera durante o longo exílio, cego e selvagem na escuridão a que fora condenado, seus apetites tinham se tornado voraz e perverso.
Os convidados ao banquete notaram a ausência do anfitrião e da donzela. A princípio despreocupados, começaram, porém, a se sentir ansiosos à medida que as horas passavam e, por fim, decidiram revistar o castelo.
Acabaram encontrando a masmorra, onde uma cena aterrorizante os aguardava. A donzela jazia morta no chão, de peito aberto, e ao seu lado ajoelhava-se o mago enlouquecido, segurando em uma das mãos ensangüentadas um grande e reluzente coração, que ele lambia e acariciava, jurando trocá-lo pelo seu.
Na outra mão, ele empunhava a varinha, tentando induzir o coração murcho e peludo a sair do próprio peito. O coração, porém, era mais forte do que ele e se recusou a renunciar ao controle dos seus sentidos ou a retornar à urna em que estivera trancado por tanto tempo.
Diante do olhar aterrorizado dos convidados, o mago atirou para um lado a varinha e agarrou uma adaga de prata. Jurando jamais ser dominado pelo próprio coração, arrancou-o do peito.
Por um momento, o mago permaneceu de joelhos, triunfante, segurando um coração em cada mão; em seguida caiu atravessado sobre o corpo da donzela e morreu.